quinta-feira, 28 de junho de 2012

sem tempo‏


Há muito que não falavamos,
soube-me bem.
Sabes?...A vida vai correndo, veloz,
 silenciosa, sem darmos conta.
Nunca temos tempo para nada.
Nem para ninguem.

Os nossos filhos cresceram,
mesmo ali à nossa frente,
tornaram-se gente, e tambem não demos conta...
Não há tempo!
Para nada, nem para ninguem.

Os pais, os avós,
todos os que nos amaram, e acompanharam, um dia,
vão deixando de nos acompanhar, ou amar.
Vão partindo!
Quase nem nos damos conta,
não há tempo!
Para nada, nem para ninguem.

Assim, vamos vivendo,
uma correria infernal,
tentando ser feliz,
embora saibamos que algo está mal.
Tambem não nos preocupamos...
Não há tempo!
Para nada, nem para ninguem.

Mas ontem, resolvi parar,
olhei para trás,
tentei conversar, ter tempo.
Soube-me bem.
Senti finalmente, que ainda sou gente!
Gente que ri, chora, sente.
Que num só dia apenas, teve tempo!
Tempo para perceber o que está mal, ou bem.
Tempo, para ti, para nós.
Tempo, para alguém!




 

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